terça-feira, 1 de maio de 2007

6.º dia - De Barcelos a Antime

No início do sexto dia, e à semelhança do que já vínnhamos fazendo, levantámo-nos com as galinhas, para visitar um lugar onde o esposo já tinha trabalhado em voluntariado: a Casa de Saúde São João de Deus (vulgo manicómio, casa dos tolos, casa amarela).


Saímos dali ainda com alguma sanidade, enfrentámos o nevoeiro cerrado e lá fomos a caminho de Viana do Castelo.
Como não havia guito para portagens e porque até nem andávamos com pressa, decidimos ir por dentro da serra para testemunharmos o modus vivendi daquelas pessoas rudes do campo.
BURROS! Ao fim de uma boa centena de quilómetros em estradas de cabras, o carrito decidiu dar-nos a conhecer o seu estado de alma, que se traduziu num sobreaquecimento do motor...


Parámos o carro no meio de uma estrada de paralelos mal esgalhados e olhámos à volta. Estávamos exactamente no meio do nada: à nossa frente corria um regato e pastavam umas cabras. Atrás de nós só havia casas que ou estavam abandonadas ou deveriam estar.



A Mariazinha foi logo armada em Indiana Joana par ao meio da mata e o Eskisito abriu o capot para verificar que o nível de óleo andava pelas ruas da amargura...
Atestado o carro de coiso e tal, seguimos caminho então para Santa Luzia que, pelos nossos cálculos, ficaria para lá do sol posto três dias. Mais coisa menos coisa.
Já com o rabiosque dorido de tanta estrada de pedregulhos, eis que chegamos a Santa Luzia.


O espaço é de uma grandiosidade que nos bate com força no peito. O dia começou com nevoeiro mas no momeno em que adquirimos o Manel e a Maria já o sol nos aquecia as costas.
Por ser dia de semana, no local estávamos praticamente só nós e dois senhores.
Curiosamente, fizemos a visita sempre com eles no encalço...
Aquilo era muito giro. Mesmo muito. E como a Mariazinha faz anos no dia de santa Luzia (google it) delirou com cada pormenor. O pior foi mesmo a subida SEM ELEVADOR ao zimbório ou zimbódrio ou lá o raio. Digamos que quem sofre de claustrofobia não deve sequer pensar em pôr um pezinho que seja na entrada daquilo! Mas, a muito (MUITO) custo, lá chegámos. (E fomos dar com os dois gajos a fazer coisas de casal...pois é...)



Com o estômago colado às costas descemos a escada do demo, já com ela fisgada: almoço em Ponte de Lima.


E que almoço, meus caros. Que almoço. Depois de darmos umas voltas pela povoação que é absolutamente linda, escolhemos um tasco agradável e com vista para o rio para acabarmos com aquela traça. O bacalhau estava um espectáculo e mereceu fotografia. Ele e o seu comensal...


Como os dias em Dezembro são muito pequenos, a seguir ao almoço e após mais um passeio pelas ruas de Ponte de Lima, dirigimo-nos a Braga para visitarmos o Santuário do Sameiro e o Bom Jesus.


Sejamos honestos: a Mariazinha gosta mais do Sameiro e o Eskisito (megalómano do camandro) prefere o Bom Jesus. Period.


As escadinhas e as fontes e as estradinhas e mais não sei o quê, deixaram-nos de tal forma cansados que foi pegar no carro, encontrar um spot baratucho (isto de ser pobre está a tornar-se recorrente...) para dar ao serrote e encontrar novo sítio para passar a noite. Local escolhido: Antime. Como estávamos pertinho de Guimarães planeámos uma visita ao berço da nação logo no dia seguinte bem cedinho.


3 comentários:

Dina disse...

Onde está a fotografia do bacalhau?
Quanto ao que os tais gajos estavam a fazer...não percebi...podes explicar melhor?? :):):)

Restelo disse...

atão e o resto?...

Elvira Carvalho disse...

Então é assim, se quiserem recordar esses sítios por onde andaram, e eu também, se bem se recordam eu disse no inicio que tinha apanhado a boleia, no porta bagagem, dizia eu que se quiserem recordar teem montes de fotos num blog meu.
http://artdecorativa.blogspot.com
Vão lá espreitar. Nem precisam dizer nada. Espreitem só. E aproveitem as recordações...
Um abraço