terça-feira, 1 de maio de 2007

5º Dia – De Espinho a Barcelos

Acabadinhos de acordar (a pensão em que dormimos tinha um conceito de duche que nos deixou muito bem acordadinhos) rumámos até Gaia (apaguei o “Vila Nova de” a tempo). No segundo a seguir arrependemo-nos amargamente: o trânsito era absolutamente caótico; num percurso de mais ou menos 2 Km apanhámos uns quatro acidentes. Cada um mais bizarro do que o outro…
Andámos por lá às voltas, sendo que às tantas fomos dar aos estúdios da RTP…mais umas voltas, travagens bruscas e peões kamikaze saímos dali o mais rapidamente possível, seguindo a placa que dizia “Leça do Balio”.
Aqui já andávamos mais sossegados…a terra pareceu-nos bastante calma. Fomos andando, andando, à procura de uma qualquer placa castanha com uma qualquer informação pseudo-cultural e lá demos com uma que dizia “Mosteiro de Leça do Balio”. Ora nós não estivemos de modas e encaminhámo-nos logo para lá.



O Mosteiro era majestoso. Situado numa zona verdinha em que só se ouviam os passarinhos…a porta estava entreaberta, pelo que nos decidimos a entrar. Um tanto a medo empurrámos a porta e qual não foi o nosso espanto quando encontramos um casamento. Um casamento, no mínimo, surreal: os noivos estavam mesmo em frente ao altar, ladeados por 2 testemunhas. O padre estava entre os dois e falava baixinho. O corredor era infindável e a própria envolvência da cena esmagadora. Adorámos a visão que tivemos. Fechámos a porta atrás de nós e abandonámos o local respeitosamente.
Atrás de nós estava uma Junta de Freguesia. Como andávamos com uma tradução “às costas” precisávamos de aceder à Internet, pelo que nos lembrámos de ir perguntar onde poderíamos fazê-lo. A senhora era muito simpática, mas ficámos com a sensação que a Internet ainda não tinha chegado a Leça.
Entretanto o estômago já se queixava, pelo que decidimos abandonar Leça e ir procurar outra terra e pouso para encher a barriga. Chegados a mais um cruzamento, optámos por escolher a placa que dizia “Santo Tirso”.
Chegados a Santo Tirso ligámos às mamãs enquanto encomendávamos umas francesinhas. Engolimos ao almoço ouvindo as recomendações das mães (tiram todas o curso no mesmo lado) e empapando as batatas fritas no molho…gulp…que fome que isto está a dar!
O único senão de estarmos em pleno Inverno é que os dias acabam mais cedo, o que nos levou a abandonar Santo Tirso mais cedo a caminho de V.N. Famalicão. Em V.N. Famalicão fomos até ao Banco levantar dinheiro. Eu sei, devíamos ter ido até ao MB…mas, quando os bancos se armam em parvos a Maria gosta de os chamar à razão…enfim…não interessa contar o que se passou, a não ser os gritos da Maria e da funcionária e o rabinho entre as pernas da segunda, assim que se apercebeu da calinada!
Com dinheirinho no bolso e a deitar fumo pelas orelhas, demos umas voltas pelo centro histórico e fomos à nossa vida, visto que o dia já estava a caminhar para o seu fim.
Entretanto decidimos aproveitar o resto das horas de sol em Barcelos, pelo que pusemos os pés ao caminho (o mesmo será dizer que o Corsa chegou-se à frente e levou-nos até lá).




Em Barcelos fizemos o dia render assim que arranjámos caminha: fomos ao mercado que põe o de Carcavelos a um canto…ele era galinhas, barro e camisolas tudo ao molho! A loucura!
Depois de sairmos daquela avalanche de gente, penas e pó, fomos passear um bocado procurando algum sítio para jantar. Ao fim de algum tempo demos com uma tasca muita acolhedora com ares de ser baratucha (tal era o número de tesos como nós a encaminhar-se para lá). Comemos umas alheiras grelhadas e um branquinho da região que até estalou! Os donos eram uns fixes: a senhora era francesa -emigrante! – e pouco faladora e o senhor muito atencioso.
Assim que acabámos o nosso repasto levantámo-nos a custo e fomos até à rua passear. O frio era qualquer coisa de absurdo!

O fumo a sair da nossa boca até dava vontade de rir…devagarinho fomos andando até chegarmos à Residencial D. Nuno, onde dormimos bem quentinhos e aconchegados.

8 comentários:

Dina disse...

Imagino que a sra do banco ainda hoje deve estar traumatizada...uma moura a gritar-lhe, imaginem só!!
Estavas á espera que estivesse calor? Não estavas em Dezembro? Se querias sol e praia enganaste-te no caminho, isso era mais para os lados da República dominicana que é o sítio chic para as luas-de-mel do povinho!

Azul disse...

A maria é cá das minhas:mão na anca e roda a baiana !

bem ,vocês passaram o tempo a dar cabo de francesinhas...como eu vos compreendo!

Dina disse...

Então ainda andam á procura do galo de barcelos?

Rafeiro Perfumado disse...

Foi em Barcelos que perderam o mapa e ficaram sem saber para que lado ficava Santiago? ;)

fj disse...

mais uma falha minha, porque nao comecei a ler a estoria do fim para o inicio, olhem a minha calinada no ultimo comments, afinal sempre comeram algumas francesinhas, segundo li agora :((

fj disse...

afinal onde est� o resto da est�ria???
:(((

Elvira Carvalho disse...

ora bem, já estamos em V. N. de Famalicão. Para trás ficou o imponente mosteiro de Leça do Balio,com a sua magestosa torre ameada de 28 meros de altura. Não cheguei a ver o interior que vocês sairam demasiado rápido. Depois o pára-arranca até V.N. de Famalicão,deixou-me tão moída que resolvi só sair em Barcelos.
Um abraço

Restelo disse...

Em Santo Tirso há uns bolinhos muito bons: os ?? que agora não me lembro o nome e os Limonetes.